
Esse titulo nao e meu, mas como diz Flavio Gikovate, o tema e fascinante.
Minhas peripecias romanticas, que nao sao muitas, foram fantasticas e desde novinha me indagava bastante sobre o assunto "Homem e Mulher". Precoce como uma jabuticaba verde no quintal do meu tio Joao, me perguntava sobre as varias questoes relacionadas a essa tao rica faceta da sociabilidade humana.
As desilusoes foram suficientes para me interessar ainda mais, buscar novas ideias, novas formas de interpretar o fenomeno. O meu ultimo encontro ou desilusao, foi revolucionario, aderi e me revolucionei tambem.
O cruzamento com as ideias de Gikovate so vieram reforcar minhas iniciais deducoes "pos-revolucao interna". Me apercebi da grande alienacao que impera em nossa civilizacao feminina ocidental. Os inumeros filmes, seriados, as revistas e suas "infaliveis" e infindaveis sugestoes para atrair o sexo oposto e como estruturar a consequente performance sexual, os pseudo-terapeutas, etc, nos fazem acreditar que precisamos disso ou daquilo. Dessa forma, comecamos a imaginar que nossa felicidade depende, principalmente, da aquisicao de determinadas coisas.
Em minha humilde opiniao, o que vejo sao mulheres capazes, autenticas, por vezes autodidatas, formadas pela vida, serem reduzidas a pobres metades debilitadas. Revolto-me contra isso, revolto-me contra essa verborreia mediatica e sensacionalista.
E tempo de reflexao, e tempo de questionar nossas referencias, contestar o dado como certo, e sempre tempo para se duvidar! "Quem disse que os outros e que sabem o que preciso para ser feliz? Quem lhes deu esse despotico direito?"
Deixemos o ridiculo. Que os novos ares nos tragam autenticidade, singularidade, maior compreensao e criactividade.