Como é bom ser amada. Sentir a espera do ser amado chegar, os beijos, os corpos, as almas. É bom ser amado pelo ser que amamos. Frenesi sem fim, pura excitação!
Mas, o amor correspondido pode ser limitador. Temos aquilo que desejamos, e paulatinamente a humildade já não se justifica. Os outros já não importam tanto como antes. Surge o egoísmo?
Quando não correspondido, o amor pode findar. Quando não correspondido, o amor pode amadurecer até perecer. Esse perecer não é morte, ou até pode ser, se morrer significar se transformar.
A transformação é a sua maturação, maturação daquilo que não findou. Quando um amor não correspondido atinge a maturação, é como se ele ultrapassasse a necessidade de ser correspondido.
Eu amo, este amor existe, e por se tratar de amor, a sua existência já basta. Mas, o que é amor? O que pode vir a ser o ato de amar?
Amar... é saber respeitar. Respeitar o amor não correspondido. É querer bem, é saber que aquele amor não correspondido foi a chave que nos levou a libertação, de nós próprios.
Graças a esse amor não correspondido podemos aprender a amar, de verdade. A maturação do amor é intemporal, atemporal, é diária. A maturação do amor liberta, liberta na medida certa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário